Passista da São Clemente garante que não ficou nua

O menor tapa-sexo usado no Carnaval 2008 catapultou a modelo goiana Viviane Castro à fama nacional e novo contrato para posar nua. Os 3,5 cm de pano, no entanto, custaram 0,5 ponto à São Clemente. Os jurados entenderam que a passista estava nua, o que é proibido pelo regulamento.

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Viviane sustenta que tinha a genitália coberta todo o tempo. O produtor Kiko Alves, que cuidou da fantasia da goiana, sustenta que ela começou e terminou o desfile vestida.

"Sou homossexual. Fiquei 40 minutos diante de uma genitália feminina para garantir que ela estava vestida e que o tapa-sexo, apesar de minúsculo, não iria cair", disse Kiko, nos desfiles de segunda-feira. Na ocasião, a polêmica sobre o tamanho do tapa-sexo já estampava a primeira página dos principais jornais do País.

A Comissão de Verificação das Obrigatoriedades Regulamentares da Liesa, no entanto, não entendeu assim e aplicou uma penalização com rigor. O inciso 5º do artigo 26 do regulamento da Liesa, que diz: é dever das agremiações "impedir a apresentação de pessoas que estejam com a genitália à mostra, decorada e/ou pintada".

O 0,5 ponto de punição é quase igual a pior nota da escola até agora, um 9,3 no quesito "Fantasias".

"Essa nota que vai nos prejudicar é um alerta à direção da escola", disse Milton Cunha, integrante da Comissão de carnavalescos da São Clemente, ainda durante a apuração.

"Uma das nossas maiores preocupações era em relação à nudez das musas. Sempre frisamos que é muito importante que a fantasia esteja dentro do enredo, que não seja gratuita", disse Milton.

A Grande Rio também sofreu uma penalização. Foi retirado 0,1 ponto por ter o carro nº 8 desacoplado.