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Segunda, 4 de fevereiro de 2008, 23h46

Tijuca desfila para aumentar coleção de títulos

A Unidos da Tijuca saiu com um desfile sobre coleções (de brinquedos, figurinhas, pingüins, ursos de pelúcia) com um objetivo para o Carnaval 2008: finalmente desencantar mais um troféu para dar seqüência à sua coleção de títulos. Quarta colocada no ano passado e segunda a desfilar no complemento do Grupo Especial do Rio de Janeiro, a escola ganhou apenas uma vez, em 1936. A rainha da bateria Adriane Galisteu se destacou representando um elfo, criatura guardiã das florestas.

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O desfile do enredo Vou Juntando O Que Eu Quiser, Minha Mania Vale Ouro. Sou Tijuca, Trago A Arte Colecionando O Meu Tesouro optou por carros alegóricos relativamente menores e fantasias menos espalhafatosas, num desfile que parecia procurar explorar o lado afetivo do costume de guardar objetos e mostrar a importância dele na preservação da memória cultural de um povo.

No abre-alas, o principal símbolo da escola, um pavão dourado. O carro homenageou o carnavalesco Clóvis Bornay, criador de fantasias. Para representar as penas do pavão, a alegoria tinha 80 componentes com grandes leques. A segunda alegoria trouxe os pingüins de geladeira.

O carro alegórico seguinte fez referência às bonecas, com 170 integrantes com fantasias, misturados a 50 esculturas que compõem uma coleção de bonecas.

O esoterismo é abordado na alegoria de floresta e seres imaginários, que habitam a imaginação e que são colecionadas no mundo todo. Adriane Galisteu esteve à frente da bateria logo em seguida à ala.

Outra alegoria, a do antiquário, vinha com a reprodução de um lustre francês com 25 componentes fantasiados de velas. O jogo de chá foi representado por xícaras, circundado por 40 componentes, que vinham sentados em cadeiras de época fantasiados de Luis XV.

Os livros foram homenageados na ala das bibliotecas, formado por livros empilhados. Escritores portugueses e brasileiros, entre eles Camões, Eça de Queiroz, Castro Alves, Machado de Assis, José de Alencar, Monteiro Lobato e Jorge Amado, foram homenageados. Nove livros gigantes abriam e fechavam, com componentes vestidos de letras. Na barra do carro, pergaminhos com versos da letra do samba-enredo.

O encerramento do desfile trouxe uma escultura de pirâmide de vidro em referência ao museu parisiense do Louvre. A alegoria também fazia referência às artes plásticas, com nove cavaletes. Os museus do patrimônio.

A Unidos da Tijuca é a terceira escola mais antiga do carnaval carioca, fundada em 1931. Foi organizada por operários das fábricas de tecidos e cigarros do bairro da Tijuca a partir da fusão de quatro blocos existentes no bairro.

Ainda desfilam hoje Imperatriz Leopoldinense, Vila Isabel, Grande Rio e Beija-Flor.

Redação Terra

Marcos D´Paula/Agência Estado
Pingüins foram tema do desfile da Tijuca
Pingüins foram tema do desfile da Tijuca

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