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Segunda, 4 de fevereiro de 2008, 04h00

Mangueira faz Sapucaí ecoar: "É Frevo!, É Frevo!"

A chuva caiu com força na avenida, mas a Estação Primeira de Mangueira mostrou o carisma de uma das escolas mais tradicionais do Rio fazendo o público presente na Marquês de Sapucaí repetir o refrão do enredo: "É Frevo!, É Frevo!, É Frevo!". A escola procurou deixar para trás as suspeitas de ligação de dirigentes com o tráfico de drogas para homenagear o centenário do ritmo pernambucano num desfile que trouxe na comissão de frente crianças de um projeto social sob a batuta do coreógrafo Carlinhos de Jesus.

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Pela segunda vez na Mangueira, a atriz Luana Piovani desfilou na ala dos artistas para o enredo É de perder o sapato. 100 anos de frevo, Recife mandou me chamar do carnavalesco Max Lopes. "Estou feliz e ansiosa. Dei um pit stop de seis anos, mas já é a segunda vez que desfilo pela Mangueira", afirmou.

Outra beldade a desfilar pela Mangueira foi Gracyanne Barbosa, que revelou ter moderado malhação dias antes do desfile.

O carro abre-alas, chamado "Recife Mandou me Chamar", veio com o brasão de Recife e esculturas com as roupas típicas. À frente e nas laterais, os leões coroados neerlandeses, que são elementos representativos da força e bravura do povo recifense. A homenagem da escola incluiu um baile de máscaras, com direito a personagens como arlequim e pierrô mascarados. O carro é inspirado nos salões de baile dos séculos 19 e 20.

O carro "Baile de Máscaras" representou uma réplica do Teatro Santa Isabel, do Recife. A alegoria era composta por lustres de acrílico que imitava cristal. O sexto carro, chamado de 'Bloco das Flores', foi elaborado em vime trançado e vinha com 60 mil flores. A ala das baianinhas relembrou o bloco das flores, tradicional do Carnaval do Recife.

O penúltimo carro da escola tinha sete esculturas de elefantes gigantes para representar o maracatu, manifestação antecessora ao frevo, num cortejo àsua realeza. O carro simbolizou o ritual de oferecer música e dança para a coroação do Rei. As alas apresentaram elementos como os carregadores de lampiões.

Fechando as homenagens ao centenário do frevo, a escola representou a fusão do samba da Mangueira com o frevo mostrando os instrumentos musicais do ritmo pernambucano chegando ao morro carioca. O mestre Cartola recebeu um gigante Galo da Madrugada.

A Mangueira foi fundada em 1928 e já nos três primeiros desfiles oficiais mostrou que era uma escola de peso: foi campeã em 1932, 1933 e 1934. A escola diz ter inventado o samba-enredo. É a única escola que ganhou títulos em todas as décadas. Foi a terceira colocada no Carnaval 2007.

A última a desfilar na primeira noite de desfiles é a Viradouro. No segundo dia do Grupo Especial desfilam Mocidade Independente, Unidos da Tijuca, Imperatriz Leopoldinense, Vila Isabel, Grande Rio e Beija-Flor.

Redação Terra

Rudy Trindade/Futura Press
A rainha de bateria Gracyanne Barbosa reduziu malhação antes de desfile
A rainha de bateria Gracyanne Barbosa reduziu malhação antes de desfile

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