Quarta a entrar na Sapucaí, a Portela apostou no fim de um jejum de títulos que vem desde 1984 com a maior águia (seu símbolo) da história de desfiles da escola, com 22m de comprimento e 9m de altura. Segundo a agremiação, a alegoria, que se dividiu em dois carros alegóricos, tinha seis mil litros de água.
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Outro carro de destaque representou o continente africano com um King Kong gigante e um bebê. No interior, mais de uma centena de integrantes faziam a transformação das flores em um cenário de desolação e o bebê deixava a aparência saudável para ficar desnutrido. Um médico esteve no interior da alegoria para cuidar da saúde dos integrantes da escola.
O enredo Reconstruindo a natureza, recriando a vida: o sonho vira realidade, assinado por Marta Queiroz e Cláudio Vieira, foi um grito de alerta para a necessidade de preservação do meio ambiente. A escola utilizou 20 mil garrafas pet como material para o desfile. A questão ecológica foi abordada dividida em três elementos: água, terra e ar. A rainha de bateria Adriana Bombom brilhou na passarela do samba.
Junto ao abre-alas, a comissão de frente da Portela, chamada de 'O Balé das Águas Vivas', fez referência à vida marinha. Após parte do desfile inteiramente em azul e branco, representando a água, a ala 'Recifes de Coral' levou mais cores à avenida. Seres marinhos como corais, algas, ouriços, águas-vivas e cavalos-marinhos estavam representados. Logo atrás, baleias, tubarões e golfinhos ganham espaço. Três esculturas de cavalos marinhos seguiram esta ala.
O segundo carro da Portela, chamado de 'Esplendor dos Oceanos', levou à avenida uma baleia, polvos e um tubarão, encerrando a parte da água do desfile, que passa a representar a terra. O terceiro carro da escola, 'Terra, Templo da Evolução', representou a natureza em terra firme, com uma onça e outros animais ameaçados de extinção.
Finalizou o desfile um carro em forma de iceberg, com ursos polares, focas, leões e elefantes marinhos. A ala dos pingüins, em marcha, era composta por crianças.
Fundada em 1923, teve vários nomes, um deles "Vai como pode", em 1930. É uma das mais antigas agremiações do Rio e foi pioneira na utilização da corda em seus desfiles (separando componentes e público), de uma comissão de frente uniformizada e na apresentação de alegorias. É a única escola do Rio com sete títulos consecutivos e conquistou 21 taças do Grupo Especial.
Ainda desfilarão na primeira noite as escolas Mangueira e Viradouro. No segundo dia do Grupo Especial desfilam Mocidade Independente, Unidos da Tijuca, Imperatriz Leopoldinense, Vila Isabel, Grande Rio e Beija-Flor.
Redação Terra
Rudy Trindade/Futura Press
Adriana Bombom é rainha de bateria da Portela
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