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Domingo, 3 de fevereiro de 2008, 03h04

Pérola Negra tem problema com grandes carros

A escola Pérola Negra entrou com os maiores carros alegóricos de sua história para tentar o título inédito no quarto desfile da segunda noite do Carnaval 2008 no sambódromo do Anhembi, em São Paulo. A agremiação da Vila Madalena teve problemas para alinhá-los na entrada da avenida, por causa do excessivo peso dos veículos, e teve que acelerar o ritmo para encerrar no tempo limite de 65 minutos, prejudicando a harmonia. O desfile celebrou o 55º aniversário de emancipação da cidade de Jaguariúna.

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O enredo A Onça Vai Beber Água - Jaguariúna, Desenvolvimento e Qualidade de Vida nos Trilhos do Tempo percorreu a história do município desde a época em que a região era habitada somente por índios, passando pela conquista dos bandeirantes e os ciclos do cultivo da cana-de-açúcar, do café e a chegada dos imigrantes e da estrada de ferro.

O carro de abre-alas apresentou uma imponente alegoria articulada de onça negra (Jaguariúna em tupi significa "rio da onça preta") e outros bonecos articulados de índios, um bandeirante e uma cachoeira real com seis mil litros d'gua e passistas fantasiadas de índias dançando dentro dos lagos.

No segundo carro foi apresentado o progresso da cidade a partir da chegada da ferrovia e a criação do vilarejo. As lavouras de cana-de-açúcar foram substituídas pelas extensas lavouras cafeeiras, com mão de obra escrava. Um disputado carro alegórico mostrava os casarões dos barões do café puxados por uma maria-fumaça, com dez maquinistas que ofereciam xícaras com cafés.

A escola explorou também a religiosidade, uma das marcas da cidade com uma alegoria da igreja de Santa Maria, em concepção gótico-bizantino. A ala boêmia trouxe inusitadas fantasias que representavam barris com aves saindo de dentro, significando "água que passarinho não bebe".

A presença dos sertanejos reforçou a homenagem ao rodeio de Jaguariúna, um dos maiores do País. Realizada há duas décadas, a festa faz parte do circuito nacional de rodeios e tornou a cidade conhecida como a capital do cavalo".

Com a participação de 3,5 componentes, o desfile teve o apoio financeiro de mais de R$ 1 milhão de empresas da região da cidade, que fica a 113 km da capital. Adriana Alves mostrou sensualidade como rainha de bateria. Ela contou que perdeu três quilos em um mês e meio para poder sambar. "Dei uma enxugadinha para estar bem na avenida".

Fundada em 1973, a agremiação de Vila Madalena, surgiu da união de sambistas do G.R. Escola de Samba Acadêmicos de Vila Madalena e Bloco Boca das Bruxas em 1973. O nome da agremiação foi escolhido por a pérola negra ser uma jóia rara, daí "a jóia rara do samba". Sua estréia no Carnaval foi em 1974. A escola tem nove participações no Grupo Especial.

Completam os desfiles de hoje as escolas Vai-Vai, Mocidade Alegre e Império de Casa Verde. No primeiro dia dos desfiles do Grupo Especial das escolas de samba de São Paulo se apresentaram Gaviões da Fiel, Acadêmicos do Tucuruvi, Unidos de Vila Maria, Águia de Ouro, Tom Maior, Rosas de Ouro e Nenê de Vila Matilde.

Redação Terra

Rodrigo Coca/Futura Press
Escola trouxe Adriana Alves como rainha de bateria da escola
Escola trouxe Adriana Alves como rainha de bateria da escola

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